Beatriz Azevedo é poeta e compositora, dramaturga, atriz e encenadora, multiartista brasileira.
Multiartista “que despontou nos últimos anos como uma das artistas mais inovadoras do Brasil”, Beatriz Azevedo é poeta, performer, diretora, cantora e compositora. Sua prática artística funde as linguagens da música, do teatro, da performance, da literatura e do audiovisual.
Recebeu o prêmio da Cité Internationale des Arts para residência artística em Paris, França, durante um ano, em 2023/2024. Venceu diversos prêmios de teatro, música e dramaturgia, entre eles o o Prêmio Bolsa Virtuose do Ministério da Cultura, Prêmio Pesquisa de Linguagem Cênica da Secretaria da Cultura de São Paulo, o Prêmio Petrobrás Cultural, o Prêmio Interações Estéticas da Funarte, Prêmio Estímulo a Espetáculos Teatrais e Musicais, entre outros.
Artista e pesquisadora transdisciplinar, Visiting Scholar Tisch Arts New York University, e Membre Associé du Centre de Recherches Sur Les Pays Lusophones na Sorbonne Nouvelle em Paris. Beatriz Azevedo é doutora em Artes Cênicas e mestre em Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadora de Pós-Doutorado na Sorbonne Université em Paris e na UNICAMP Universidade Estadual de Campinas. Estudou Música na Mannes College of Music em Nova York e Teatro e Dramaturgia na Sala Beckett Barcelona, España. Foi selecionada para a Fapesp Interdisciplinary School for Postdoctoral Researchers in Humanities, Social Sciences and Arts 2024.
Convidada pela Princeton University (USA), Beatriz Azevedo criou e dirigiu Now Clarice para celebrar os 100 anos da escritora brasileira Clarice Lispector. Filmada ao vivo, a apresentação reúne Beatriz Azevedo, Moreno Veloso e Maria Bethânia, e resultou tanto em espetáculo teatral/musical como em documentário audiovisual lançado no Brasil pela SescTv, e ainda no álbum musical Clarice Clarão, lançado pelo Selo Sesc.
Recentemente estreou em Paris o espetáculo ACROBEAT atuando ao lado da atriz Franco-Portuguesa Maria de Medeiros. Unindo Teatro, Música e Literatura, Acrobeat tem texto, música e direção de Beatriz, e traduções do Português para o Francês de Maria de Medeiros. Antes, comissionada pelo Lincoln Center de Nova York, Beatriz criou e dirigiu o espetáculo antroPOPhagia, que estreou no palco do Walter Reade Theatre do Lincoln Center em Nova York.
Beatriz Azevedo já se apresentou em todo o Brasil, Europa e Estados Unidos. Nos últimos anos, atuou no MoMA Museum of Modern Art em Nova York, no Lincoln Center, Cité des Arts em Paris, além de participar de diversos festivais internacionais como Womex (Espanha), Nublu Jazz Festival (Nova York), CMJ Music Marathon & Film Festival (Nova York), Femmes du Monde (Paris), Mirada Ibero-Americano Festival, Popkomm Festival (Berlim), Dunya Festival (Roterdã), Copa das Culturas (Berlim), Art Anthropophagie Aujourd’hui (Paris), Paraty International Literary Party (FLIP), Verizon Music Festival (Nova York), entre outros.
Colaborou com artistas no Brasil e no mundo, como Maria Bethânia, Tom Zé, Maria de Medeiros, Matheus Nachtergaele, Cyro Baptista, Jaques Morelenbaum, Moreno Veloso, Lucélia Santos, Vinicius Cantuária, Maria Alice Vergueiro, Mauro Refosco, além de trabalhar por décadas com o diretor do Teatro Oficina, Zé Celso Martinez Correa. Criou parcerias com o poeta Augusto de Campos, compôs músicas para textos de escritores como Hilda Hilst, Oswald de Andrade, Raul Bopp, Vladimir Maiakovsky, Jean Genet. Suas composições musicais foram gravadas por Adriana Calcanhotto, Matheus Nachtergaele, Moreno Veloso, Tom Zé, Zélia Duncan e Zé Celso, entre outros. Assina composições musicais em parceria com Cristóvão Bastos, Vitor da Trindade, Moreno Veloso, Zélia Duncan, Vinicius Cantuária, Gabriel Braga Nunes.
Gravou 6 discos autorais, incluindo os álbuns: CLARICE CLARÃO em parceria com Moreno Veloso, participação de Maria Bethânia e Jaques Morelenbaum. Texto de apresentação de Caetano Veloso (Selo Sesc 2022) / A.G.O.R.A / AntroPOPhagia ao vivo em Nova York / ALEGRIA / os 3 lançados pela Biscoito Fino no Brasil e pela Discmedi na Europa; Mapa-Mundi [samba and poetry], e Bum bum do poeta, pela gravadora Natasha Records no Brasil e pela Nippon Crown no Japão.
É autora de Antropofagia Palimpsesto Selvagem (Cosac Naify, 2016) com prefácio de Eduardo Viveiros de Castro e desenhos do artista Tunga; Transmatriarcado de Pindorama em Modernismos 1922-2022 (Cia das Letras, 2022); Antropófago Manifesto in Antropofagias: um livro manifesto!: Práticas da devoração a partir de Oswald de Andrade (Peter Lang publishers, Berlim, 2021); Abracadabra (Demônio Negro, 2019) com prefácio de Zé Celso, Idade da Pedra e Peripatético (Editora Iluminuras).
Seus escritos e poemas apareceram em várias publicações, incluindo Dusie 21 The Contemporary Brazilian Poetry Edition (Dusie Press, San Francisco USA); Poetas Contemporâneas do Brasil (Unicamp, 2021); LP Garganta 20 poetas brasileiros contemporâneos e o livro Acabou Chorare, ao lado de Caetano Veloso e Arnaldo Antunes. Traduziu os autores franceses Jean Genet e Bernard-Marie Koltés, publicado pela primeira vez no Brasil no livro Teatro de Bernard-Marie Koltes (Hucitec).
Encenou espetáculos e compôs a trilha musical para textos de Bernard-Marie Koltès, Bertolt Brecht, Clarice Lispector, Hilda Hilst, Jean Genet, Oswald de Andrade, Pagu, Vladimir Maiakovski, além de sua própria dramaturgia. Dirigiu e contracenou com artistas como Maria Alice Vergueiro, Matheus Nachtergaele, Lucélia Santos, Adilson Barros, Magali Biff, Zé Celso, Rosi Campos, Débora Duboc, Petrônio Gontijo, Gabriel Braga Nunes, etc. Atuou em diversos espetáculos do Teatro Oficina sob direção de Zé Celso Martinez Correa, entre eles Ham-Let (Ofélia) e Bacantes (Corifeia). Trabalhou com diretores como Aderbal Freire Filho, Celso Nunes, Cibele Forjaz, Marcio Aurélio, Zé Celso.
Estreou o espetáculo Cabaré Transpoético, com direção de Aderbal Freire Filho, no teatro do Sesc Pompeia em São Paulo, atuando ao lado da atriz Lucélia Santos e do músico Jorge Helder. Atuou ao lado de Giulia Gam e Rosi Campos em Matamoros, de Hilda Hilst (Teatro do Sesc Copacabana Rio de Janeiro). Matamoros, com dramaturgia, música e direção de Beatriz Azevedo, estreou depois no CCBB em São Paulo, com Beatriz, Luiz Paetow, Maria Alice Vergueiro e Sabrina Greve no elenco.
Atuou em Ópera Urbana Zucco, traduzindo e encenando a obra do dramaturgo francês Bernard Marie Koltès, publicada pela primeira vez no Brasil. Também traduziu Le Funambule, texto do escritor Jean Genet, atuando em leituras dramáticas ao lado Zé Celso Martinez Corrêa. Fundou sua própria cia teatral, Cabaret Babel, escrevendo e dirigindo diversos espetáculos, entre eles Bilitis e I Love: Maiakovski e Lili Brik.
Atuou na abertura do encontro Brasil Cena Aberta, na Praça das Artes em São Paulo em 2019. Assinou a curadoria do projeto Encontros Antropófagos no Centro de Pesquisa e Formação do SESC SP, do Encontro Internacional de Antropofagia no Sesc Pompeia, do ciclo Palavra Viva Oswald de Andrade e Palavra Viva Hilda Hilst no Sesc Pinheiros, em São Paulo, do ciclo Poesia e Música da CPFL em Campinas, entre outros.
Apresentou na Sorbonne Université em Paris a conferência Antropofagia, Música e Performance em 2023; Ministrou Aula Magna na Puc Rio, ministrou conferência sobre antropofagia na Tulane University em New Orleans, nos Estados Unidos. Participou do projeto Art Anthropophagie Aujourd’hui, no Musée des Lettres et Manuscrits, em Paris. Assinou curadoria e direção artística do Museu de Congonhas (MG), museu inaugurado pelo IPHAN no Brasil. Recebeu o Prêmio de Midia Livre pela criação do website www.antropofagia.com.br. Assinou curadoria dos projetos Antropofagias e Roteiro das Minas, em Mariana e Ouro Preto, na Casa da Ópera, o teatro mais antigo das Américas.
Realizou com José Miguel Wisnik show especial para celebrar o centenário de Pagu e os 120 anos de Oswald de Andrade, apresentando composições de sua autoria e de Wisnik, ambos no palco. Beatriz interpretou a obra da escritora Hilda Hilst em programa especial realizado pela tv Cultura. A tv Cultura filmou seu show Bum Bum do Poeta e exibiu na televisão o programa especial com participações de José Miguel Wisnik e Zé Celso. Beatriz Azevedo assina a direção e roteiro de filme documentário em processo de filmagem.